terça-feira, 14 de janeiro de 2014

[Personagem] Vampira, adolescência e confiança...

"Cause when I sing, you shout,
I breathe out loud,
You bleed, we crawl like animals,
But when it's over, I'm still awake"

Ontem consegui me livrar de um fator de paranoia...

Estou meio apática esses dias, não sei se é porque a falta de confiança das pessoas na minha capacidade de fazer/aprender algumas coisas me põe pra baixo. Tem coisas que eu realmente não faço com facilidade, mas acredito que quando eu me disponho a fazer algo e alguém simplesmente me descarta, a pessoa está duvidando da minha capacidade. Isso me irrita e me entristece, nessa ordem. A vontade de me isolar nessas horas bate forte. Sei lá, me senti como quando era adolescente e as pessoas simplesmente me descartavam...

Foi nessa época que eu comecei a admirar personagens menos dóceis, mais chatos, mais rebeldes, mais obscuros... porque eu sempre acho que quando a pessoa passa por uma grande dificuldade na vida, ela acaba com sequelas que mudam seu comportamento. Eu passei por grande solidão boa parte da vida, tinha umas crises de raiva e tristeza que me assolam de vez em quando até hoje.

A primeira personagem que eu achava que tinha passado por uma das piores privações na vida foi a Vampira (X-Men), eu vi o desenho animado nos anos 90, corri atrás de algumas HQs naquela época, mas não tinha muitas fontes. Mas ela sempre foi uma personagem que me inspirava, afinal por trás das brincadeiras e humor, ela estava ferida e afetada pelo que a mutação proporcionava pra ela.

Depois de velha, veio X-Men Evolution, os filmes, comprei umas HQs especiais e outra Vampira apareceu pra mim. Antes das fanfics ali estava uma versão mais jovem, ainda enfrentando os problemas recém-descobertos, ainda triste e com raiva... mas alguém que um dia que conseguiria vencer tudo aquilo e se tornar uma mulher bonita, sociável e bem-humorada.

Desculpa a viagem aí, galera... mas é assim que funciona esse cérebro aqui.

O rascunho, pra quem gosta de rascunho e a versão com lápis de cor, pintada aqui mesmo, às pressas...




3 comentários:

  1. Eu tbm fico poota quando me subestimam.

    Se vc quer que eu faça alguma coisa bem feita e esfregue minha vitória na sua cara, basta achar que eu não consigo XD Pode ser bom, mas a única pessoa que sofre com isso sou eu, e isso que é palha. Cresce a cobrança em cima de si mesma...Quando vc vê...paranoia everywhere.

    A paranoia não tem limites, fato. E la sempre piora quando a gente se cobra demais...

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    1. Eu tenho duas reações, ou eu insisto em aprender e fazer o melhor possível ou eu desisto de vez e me afasto das pessoas envolvidas. Quando eu me afasto, fico triste, quando eu insisto fico ansiosa pela reação dos outros ao meu trabalho... perco de qualquer jeito.

      A paranoia é que nem a zoeira, não tem limites.

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    2. Se sentir subestimado é uma coisa muito ruim. E ser paranoico é muito difícil também, porque você nunca sabe o que está realmente acontecendo de forma concreta, você fica em dúvida se está realmente sofrendo por si mesma ou por um motivo claro. Também tenho uma tendência paranoica muito forte, mas em gera não me sinto subestimada, mas sinto como se as pessoas estivessem sendo irônicas/sarcásticas comigo o tempo todo e estão zoando da minha cara por maldade. Eu percebi que isso me prejudicava muito, principalmente a mim que ficava remoendo aquilo sozinha sempre e decidi tomar algumas atitudes pra tentar minimizar. A primeira é sempre que me acontece algo que me deixa mal, eu respiro, deixo a raiva passar e penso no que está acontecendo. Me pergunto coisas do tipo "Por que essa pessoa me diria isso?" "O que eu posso ter feito pra merecer?", "Será que tem realmente algo além do que ela/e falou?", "O que essa pessoa ganharia me magoando?". Em geral 50% das coisas já ficam aqui. Depois, eu sempre levo o caso pra conversar com uma terceira pessoa de fora, que vai ter uma visão mais neutra. Ás vezes a gente não consegue ver um contraponto porque está cego pela raiva ou chateação, e conversar com alguém de forma sincera te ajuda a ver o que pode ter acontecido, principalmente nesses casos de paranoia onde grande parte é mal entendido e problema de comunicação. 85% dos casos se resolvem completamente aqui. Por fim, quando anda resta alguma coisa me reprimindo por dentro msm assim, eu procuro a pessoa que supostamente me magoei e converso. Falo que me senti mal e não gostei de forma sincera e aberta. A gente tende a achar que as pessoas vão achar isso ruim, mas muito pelo contrário, todo mundo que eu fui conversar assim achou ótimo e a gente resolveu numa boa. Desse jeito eu evito de ficar pensando as coisas sem saber, para o bem ou para o mal melhor saber logo. Claro que nesse caso estou falando das minhas experiências, mas talvez possa ajudar você a se sentir melhor. Tentar deixar de ser paranoico é difícil, é matar um leão por dia tentar ir contra sua personalidade, mas como a Vampira, todas nós podemos deixar de ser meninas confusas e nos tornarmos mulheres incríveis um dia =)
      Obrigada pelos rascunhos e espero que tenha ajudado e vc se sinta melhor em breve =*

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